sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Nosso meio mundo,




" Qual a diferença de infinitamente grande e infinitamente pequeno ? Afinal, qual o tamanho do infinito? "

Dawkins conclui seu livro com uma informação que de início soou, pelo menos para mim, totalmente inconclusiva, mas após digerir tal mensagem, é surpreendente.
Nós vivemos no " mundo médio ", temos uma burca em nossas cabeças que deixa apenas determinada fresta para que nós enxerguemos o mundo. Toda a nossa percepção do mundo exterior passa por um filtro. Esse é o chamado mundo médio. Exemplificando, tem certos raios que nós não podemos ver, pois tem alta frequência. O oposto também é válido. Nós só enxergamos alguns espectros, deixando uma outra parte do mundo totalmente fora da nossa capacidade de compreensão. Por isso, temos tamanha dificuldade de estudar e até imaginar coisas infinitamente pequenas ou grandes. Defina o que é infinito ? Todos os infinitos são iguais? Tamanhos ou ideias que saem do nosso padrão médio são colocadas em outro plano. Teoria das cordas. Massa dos planetas. Velocidade da luz. Tempo. Entropia. Universo.  Ideias que sim, demoram para entrar na nossa mente. Você tem um hotel com infinitos quartos, e infinitos hóspedes. Porém quando outro hóspede quer entrar, o atendente diz que não tem vaga. Qual a solução para o problema? Problemas como esse fizeram com que muitos pensadores refletissem sobre a problemática do infinito. Geralmente, coisas muito grandes são difíceis de serem observadas,  fenômenos que demoram muito tempo para acontecer novamente. Tempo esse que não volta. Tempo esse que não se adianta. Tempo esse que ainda intriga. A... essa quarta dimensão. Já coisas muito MUUUITO pequenas, tbm de difícil visualização, tem outros poréns'. Quando algo muito pequeno é analisado, dificilmente os números são exatos, já que a própria coisa é pequena demais, e talvez improvável demais, já que o mundo médio não nos deixa ver. Porém, uma tal de teoria do caos vem para nos dizer que detalhes não podem ser ignorados. Mesmo o caos tem um padrão. Caos não é sinônimo de aleatoriedade. Uma simples, ou infitamente pequena mudança nas condições iniciais de certo fenômeno pode acarretar consequências catastróficas.  O bater de asas de uma borboleta do Brasil, pode ocasionar um terremoto no Texas. Então, como viver apenas em nossa burca ? Como não aumentá-la? Não é possível compreender o universo, mesmo que não por completo,  pelo menos um pouco mais, com essa limitação. Crenças que não nos deixam pensar logicamente podem significar burcas. Assim sendo, que não se repita o mito da caverna de Platão, temos que enxergar a realidade como ela é, de fato. Não só por proporções medianas. Não se contentar com sombras da realidade. Aprender a enxergar. Afinal, somos seres dotados de lógica, se é pecado exercer tal pensamento, entramos numa contradição lógica. Por que não fazer proveito do que nasce da gente, ( do que deus nos deu) , a racionalidade?

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