segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Quem? Pra facilitar, me chame de ateu.






Por que? Porque sim.
Veio no nada, pelo nada, feito a partir do nada, com nada. Assim o nada, criou do nada tudo.


Ah, então tá.  Dizia um certo alguém. Nascida em São José do Rio Preto, ela que ironicamente não tinha sido batizada, nunca havia se perguntado sobre nada. Como uma religiosa por inércia, nunca tinha cogitado a possibilidade de que era totalmente ilógico nada, do nada criar tudo. Literalmente criar. Ler ficções. Amar fantasias, Harrys e Hermiones, histórias que te levam a outro plano, mas que quando fecha-se o livro, você volta. Volta pra o que é real, lógico, viável. Porém, o que fazer quando você simplesmente não volta? Fica envolto de metáforas que se misturam a conceitos e fatos. O que fazer quando a conotação simplesmente invade a parte denotativa da sua vida com a maior naturalidade?. Por que? Porque sim. Essa menina qualquer nunca havia se perguntado. Como uma cultura sem qualquer base sustentável de fatos concretos desenvolveu pilares tão fortes que se sustentam até hoje. Ela crescia e finalmente começava a deixar a inércia. Um corpo só desvia seu movimento quando uma força age sobre ele. Não sei bem que força foi essa. Talvez o amadurecimento, talvez a observação. Talvez a simples análise do mundo a sua volta. Talvez um livro. E que livro. E aí, da Vinci abriu brechas para que o esclarescimento entrasse. Brotasse como nada, como uma simples curiosidade conspiratória e como num abrir de olhos entrou a luz. se deu a 'luz'. Luz da racionalidade, luz da lógica, tudo parecia mais claro. A menina começou a pensar e daí não parou mais. pensar sobre números, sentidos. Pensar em porque alguém que criou tudo inclusive a lógica não deixava com que a usássemos na busca da nossa verdade. Essa menina passou a buscar a sua verdade. Questionamentos incessantes. Perguntas sem resposta. Contradições. Foi sumindo. Uma força veio para interromper a inércia de pensamento. E foi sumindo. Sumindo. ... ao poucos. Atrás de perguntas lá se foi a fé que um dia a menina achou que tinha. Se é que ela tinha. Você só concorda realmente com algo quando pensa sobre. Você só vive em paz quando a sua verdade é coerente com seus pensamentos. A aí, a palavra mais temida, sem motivo, pela maioria dos religiosos. Explodiu. Ateísmo.[ÓH]. A menina então, seguiu sua leitura, suas descobertas, a procura de algo que a satisfizesse. Ir contra a maioria da população não é tarefa fácil. Assumir um simples conceito como, " a menina ama matemática'', certamente causou dúvidas sobre a sua sanidade mental. Mas, a palavra ateu vem carregada de um significado. Assim como um balde de areia. Tal balde foi se enchendo de terra até ficar muito pesado. Pesado de carregar, pesado de lidar diante outras pessoas.Mas ir contra a maioria da população certamente é melhor do que ir contra a si mesmo. Quando você se engana, a único que pode desfazer o erro é você mesmo. Não é fácil.   Contrabalanceando, a piralha ganhou um balde super pesado para carregar, atolado de preconceitos, de predefinições. Por outro lado, ela tirou um fardo das costas. Uffa, não vai mais se preocupar por ser humana. Ela viverá a própria vida. Seus erros serão consquências diretas de suas ações, assim como os acertos. Sua moral, o certo e o errado, será determinada pelo simples e puro bom senso. Internamente, tudo são flores[lê-se tudo é matemática], mas o mundo continua lá fora. Você acaba descobrindo o caminho para a sua verdade, mas ele cruza outros caminhos. Ela:[ piralha, filha do demônio, vaca, prepotente, incoerente. Esnobe, metida a inteligente, se acha, vai precisar de deus, ele não vai te perdoar, ele vai te amar, ele\eles ainda te ama]. Todo um estrondo. Barulho. Anonimato. Uma simples opção. Um grande transtorno.Ela é nova, seria a revolta de idade, seria a confusão da idade, idade, idade. Ela indaga-se diversas vezes por onde anda a maturidade que todo mundo fala e preza? Ela é uma pessoa normal. Acreditar, não acreditar, acreditar mais ou menos. Todos esses esclarescimentos tem importância internamente, na formação da sua opinião e do seu ser. Por fim, não importa no que você acredita e sim como você age, assim ela concluiu. Crenças não são nada sem ações. E a moral é simples. Assim como na Bíblia, metáforas são interpretadas de formas diferentes afim de se satisfazer na constante busca por respostas. Brigas, guerras. Gosto é gosto . pensamento é pensamento.Porém o bom senso é comum. Pensar mais. Brigar menos. matar menos.aceitar mais.E a tal menina?  Ela continua assim, e provavelmente continuará por um bom tempo. Você, continuará assim, até que outra força haja pela seu novo ou atual estado de inércia.Quem é ela? ninguém.Pra facilitar?Me chame de ateu.


   [Hoje não é um bom dia para escrever, insisti, deu nisso. Sorry].
 

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