Ela? mais velha, ele recém formado do ensino fundamental. como pode? mas quem disse que idade altera? idade? IDADE? não. maturidade. ser maduro, ele era, bem mais que ela. ela? mimada, ele? sabia algo da vida. Ping pong. em comum. simples estranhos numa multidão de estranhos. Ela? ateu, ele? religioso. Ela era estranha, ele era estranho. De onde um nasceu o outro veio, como uma troca perfeita que veio a por ventura se convergir a um só ponto, uma escola, um momento. 2010. Tecnologia. Orkut. Por que ela o iria adicionar? nada tem sentido, quando o acaso vira acaso e sempre será um acaso. Como um acaso ela o adicionou. Ele achava ela uma patty metida. Todo mundo achava. Ela achava ele um anti social. só ela achava. Conversa. Conversa. Conversa. Msn. Conversa. Jogos. Ping pong, um ponto comum. Dia a dia, chegou o dia. Beijo no rosto ? sim, para o lado errado. um para cá outro ao extremo oposto. Vergonha. vergonha a tarde toda pensando. como errar o lado do beijo ? sim. aconteceu. Ela vai me achar um idiota. Ele vai me achar uma idiota. E agora? droga drgo. E assim o pensamento era mútuo. mas o esporte uniu o que o acaso envergonhou. e erro de falo, toda a confusão. Dia seguindo. sim, não estava chovendo e nada dizia que iria. agora iriam acertar o lado. não era tão difícil. ao tentarem se encontrar, como que se do nada o céu caísse em águas. mais um acaso. acasos são acaso, sem sentido para variar.vergonha vergonha. msn, conversa. vergonha. Impressionada, ele ganhara o campeonato de ping pong. Ela ganhara só na escola. Como assim? ping pong tbm ? você tbm gosta? Sim coisas em comum. Gostavam de filosofar, ela gostava. ele gostava, rendia tardes e tardes de conversas cabeças. mas ambos, mesmo que no subconsciente, sabiam que não era disso que queriam falar. ambos ali, já sabiam . tudo sabiam. mas não basta a ficha tem que cair. vergonha, conversa. assuntos. ele ficara com 19 meninas. ela apenas com 9. como assim ? sim assim mesmo. ele falava diferente. coisas diferentes. detalhes diferentes. curiosidade dela? sim. como assim ela não queria colocar o short? vergonha? vergonha de quê? De nada ela dizia. jgar fut? tenho vergonha, short não. já sei, e uma explicação simples, óbvia já saia de sua boca e lá ficava pairando pelo ar. e ela encabulada tentava evitar ou bloquear aquela coisa que estava começando a nascer. nascer? florescer. simplesmente surgir do nada. Longas tardes conversando. amigos amigos amigos amigos. mas. fofoca , muita fofoca. que pena. mas escola é sempre assim né? Pessoa, conflitos, OUTROS e outros. tudo estava nos outros. a mente Dela era do mal, nao gostava dele. odiava. o coração, submetido a ela. Ele? já sabia o que queria, mas os OUTROS. esses outros, como foi isso? Esse outro, essa outra, tudo confusão, um zoológico, onde vacas nao saiam do caminhos. o mais perigoso de ser uma vaca. é não se parecer com uma. mas tudo bem, um dia quem é vaca sempre defeca verde. embora alguns não vejam isso. ok, ok ok. chega é hora. ele? ELE? ele ou ele? porque ele? porque Ele? como ele, a não, ele? trsiste. muit triste, OUTROS. muito tristes o que fazer, nao, nao chore. pf, muito triste, demais, poxa. e agora, verdade, sempre funciona, sim, PÁ. raiva. muita raiva, mas o que fazer? muita raiva, poeira muita? precisa baixar, pressão? sim fofoca fofoca, mania de comentar o que nao sabe. mania de opinar o que nao vive. mas sim. ela era idiota. ridícula, fraca e ele sempre ali ao seu lado, sempre. em tpm ? ali estava ele? com a mesma força de vontade que ela não tinha. ela era bruta insensível. mas ele nunca se cansava, nunca . ela? enjoava, sempre era difícil, era idiota, era bipolar. não o merecia, nao mesmo. mas quem disse que el ligava. ela, numa súplica ainda tentou explicar que ao seu lado só sofrimento iria vir. ela não sabia amar, ela não deixaa ser amada. sim sim... o fim.o fim? nao para ele, que mesmo com tudo continuou a insistir, sempre sempre. namoro ? sim, já ? assumir ? sim, sim, assumiram, sim sim, agora, já foi. sim, mas o que fazer com a insensibilidade dela? brutalidade. ... sim, até que um dia ela se tocou, enfim sua mente parou de lutar pelo inevitável. o coração vencera, sim e aí ela percebeu que ele era ELE, a pessoa na qual ela mais amava. não amava por amar, não gostava por gostar. sempre fora assim. sempre, que bom que ela descobriu a tempo que ele, ele era a pessoa, não que ela merecia, mas que iria lhe dar a oportunidade de se sentir humana novamente. nao só uma máquina fria que calcula. CALCULAR? ela amava, passou a calcular entao como seu coração batia ao vê-lo. passou a calcular então quão bonito eram seus olhos, passou a medir então, o sorriso inconfundível. sim colegas, ela entendeu, finalmente o verdadeiro sentido na própria matemática, o verdadeiro sentido do amor? amor? amor? não fale de amor se você nao sabe o que é? medo sim. será que nao é, será que é? bom, ela pagou para ver. talvez dê certo, talvez se casem, talvez? sim, talvez o filho aprenda a contar antes de aprender a escrever, talvez seja vegetariano? talvez. talvez? a vida é feita de acasos e quando eles te encontram aproveite. e não continue frio e sem emoção. tudo sem amor perde o sentido. contradição? claro. mas essa é uma questão que eu não tenho a mínima vontade de resolver.
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Ela, uma tal de Chuffi, Ele, um tal de Gabriel Palmés. Ela está aqui então, para agradecê-lo, pra sempre, por ter transformado um ser frio que apenas calculava, numa criatura um pouco mais... humana, sensível. E quando ela diz que o ama, é de verdade. Por mais incrível que isso possa parecer, a pessoa mais insensível da Terra ( ou ex) escreveu um texto de amor >.< <3